Desde que cheguei no Japão,praticamente só tenho jogado esse jogo na versao 2G ( se lê Secondo G)do PSP. Qualquer folguinhaque tenho no trem, lá vou eu jogar. Jah estou com quase 250 horas de jogoacumuladas em um personagem só e ainda jestou longe de acabar ele. Isso quetambem jogo todo dia na hora do almoco, já que os japas depois de engolirem acomida, capotam e dormem em cima da mesa. Ai nem rola um diálogo de gente comeles.
Esse jogo eu recomendo paraquem gosta de evoluir seu personagem, em um jogo muito, muito difícil, mas sema necessidade da ajuda de outras pessoas em jogos online. Voce sofre, xingamuito, mas consegue fazer todas as missões no modo offline, mas claro, se tivermais gente pra te ajudar, fica mais fácil e divertido. Evoluir o personagem é modode dizer, pois na verdade seu personagem não sobe de level, nem fica mais fortepor si mesmo. Basicamente, é um incompe, como diria o Keizo em seus tempos de Glória. Para voce prosseguir no jogoe sofrer menos, voce caça os monstros nas quests e a partir de materiais quevoce coleta no mapa ou no próprio monstro, voce fabrica armas e armaduras.Essas sim, com mais materiais, voce dá um upgrade nelas. Dependendo dacombinação de armaduras, capacetes, cintos , etc, voce ativa certos skills, quepodem ajudar ou prejudicar seu personagem.
Ah sim, e você tem um ajudante felino, que ajuda muito em algumas horas, outras ele te atrapalha que dá raiva, mas no final das contas sim, ele é extremamente útil.
Quando o pessoal da TDBestava aqui, eu e os tradutores ( Já que todo o jogo é em japonês) jogavamosonline durante o almoço. Era mais farra que jogo sério mesmo. Toda hora voceouvia alguem falando “Kiwotsuketeeee” ou “Abunaaaiii” e a brasileirada morrendode rir que os instrutores deles praticamente só falavam isso tambem durante otreinamento. Tem até umas armas earmaduras sem noção que voce acaba fazendo só por farra mesmo, como roupas demeido e colegiais ou até mesmo uma camiseta com o logo da Famitsu. Armasque parecem um milho gigante, ou um gatinho de pelucia. E o pior, todas elas tem defesa e ataque baixos epreço alto, ou seja, são inuteis. Mas tudo bem, tranqueirapor tranqueira, eu compro na vida real e na virtual tambem.
Finalmente o evento tão esperado pelos maniacos por jogos eletrônicos.Acordamos cedo para ir. O Rony veio até a casa do Cassio e do Takeo e de lá partimos paraChiba.
Foi interessante ver a mesmavizinhança onde eu morei por 1 mês no inicio do periodo de bolsa em 2003. O Carrefour, que era nossa base de alimentação fechou. Era o único no Japão inteiro. Acho que as musiquinhas francesas que ficavam tocando dentro da loja não fizeram a cabeça dos japoneses.Estacionamos o carro e fomos andando até o Makuhari Messe, local do evento. Tempinho meio chato, nublado.Logo na entrada, já vimos umpessoal de cosplay andando por ali. Bem diferente dos cospobres que a gente vêno Brasil.
Já dentro do evento, nos dispersamos um pouco pois cada um queria ver algum stand em particular. Logo naentrada tinha o stand da SNK e a apresentação do KoF 96 novo (?). Pois é,fizeram um remake dessa versão com todos os personagens. Ponto pra SNK, pois mesmo no Brasil, com o Neo Geo do Felicio, mesmo tendo todos os kings até o 2001, praticamente nós só jogavamos o 96, pois era o mais competitivo edivertido de se jogar. Com os personagens das outras versões, acho que ele acabou sendo um tipo de versão definitiva de todos os kings, sem aquela frescura de striker ou de times de 1, 2 ou 4 personagens.Andando pelo stand, estava tendo uma apresentação de cosplay dos personagens.
Lá no meio da muvuca achei oCassio se esticando todo, com o zoom da camera no máximo pra bater fotos da Maique estava desfilando. Tem certas coisas que não mudam mesmo.Mas as fotos ficaram muito boas Cassio. Além das meninas de cosplay e dos jogos, assim como nas feiras de carros, tem as meninas dos stands pra sever. Não é aquele negocio gorgeous das feiras do Brasil, mas é sempre umcolirio para os olhos.O Cassio, claro, sempre ele, nosso fotografo de plantão estava atento a tudo e conseguiu pegar váriosmomentos das meninas. Acho que ele deu um level up aqui no Japão, passando docofrinho para outras áreas de interesse hanaji.
Depois disso, acho que o pessoal estava no stand da EAvendo jogos de esporte, mas eu fiquei parado no stand da Capcom, pois estavam apresentando um trailer do Monster Hunter 3 para o PS3. Fiquei parado que nembesta olhando que nem cheguei a bater nenhuma foto.Vou colocar na minha Wish List junto com uma TV de boa definição para poder desfrutar de todos osdetalhes desse jogo quando ele sair.
Acho que de todos os stands, o que mais me prendeu foi o da Capcom mesmo, não só por causa do MH3. Alémdele, estavam sendo mostrados trailers do Bio Hazard Degeneration e Chun LiLegend, dois filmes que a Capcom ia lançar em breve, mais um arsenal de armas de gás, réplicas das do jogo. Os outros stands em sua maioria eram de jogos para celular e as outras grandes softhouses não tinham muito lançamentos que meemocionaram tanto. Só para citar, Squar/Enix, sem muitas novidades além da serie Final Fantasy, algo que abandonei desde o XII. Konami não tinha quase nada, ainda estavam no embalo do MGS4. Sony, com muitas imagens bonitasdo GT novo, mas sem nenhuma novidade. Talveza única boa foi o lançamento do PSP 3000 com melhor definição de imagem. Mas não estou com essa bola toda de trocar meu PSP 2000 desbloqueado por um 3000travado. A Nintendo não me empolgou nem um pouco. Claro que o Wii é bom, é legal, mas ainda não esta nos meus planos de compra a curto e medio prazo devido aos jogos meiguinhos demais. Ah, lançaram o DSi, um DS com camera, doh!
Já que não tinha como se emocionar com os jogos, passamos ao consumismo. O maiorproblema foi que para se entrar nas lojas da Capcom e da Square/Enix, tinha uma fila de 1 hora, ohohohoooo… Eu decide ficar na da Capcom e o Rony ficou na da Square. Depois armamos um esquema de se comunicar por celular pra passar um prooutro o que tinha na loja e se queria alguma coisa.Básico, comprei uns acessorios de PSP do Monster Hunter, umas camisetas do Street Fighter 4, postere pra chutar o pau da barraca, comprei um Zippo com revestimento de couro do Degeneration, que eu estava mesmo pensando em comprar outro zippo pra coleção aqui no Japão.Ponto negativo do zippo. Na primeira vez que eu fuirecarregar e espirrou um pouco de fluido fora, a cola de uma parte do couro saiu. Podiam usar uma cola que aguentasse pelo menos o fluido do proprio zippo,shitz.
Saldo final, poucos jogos queme empolgaram, menos grana no bolso, monte de tranqueiras a mais pro muquifo láde casa, mas valeu ter ido no TGS desse ano, Acho que se eu vier para o Japãode novo algum dia, eu provavelmente vou fazer uma forcinha para ir lá, hehe.
No dia seguinte, demos uma passada na casa da Shizuka, perto de Akihabara. Fizemos força e conseguimos segurar nossos espíritos consumistas e não fomos para Akihabara.
Acabamos indo para Asakusa, onde fica o famoso Kamonarimon, com seu chouchin gigante. A ultima vez que eu fui lá, o Chouchin estava em reforma. Demos uma voltinha por lá, vendo as lojinhas e depois fomos pegar um barco para uma volta pela baía de Tokyo. O cais fica do lado do Prédio da Asahi Beer, com seu cocô dourado voador.
Como saimos de Asakusa bem perto do final da tarde, conseguimos ver as luzes da cidade enquanto ia anoitecendo. Muito bonito, mas acho que é mais para casais, hehe.
Passamos por baixo da Rainbow Bridge e desembarcamos em Odaiba, uma ilha artificial, onde o ponto marcante é o prédio da Fuji Television, com sua bola no meio dos prédios. Tem até uma miniatura da estátua da Liberdade lá. Tokyo é realmente muito grande, ainda falta muito o que ver por ali, ainda vou voltar mais vezes pra lá e conferir os outros bairros famosos como Shibuya, Shinjyuku e Roppongi...
No mês de setembro 24 funcionários da TDB vieram para o Japão receber treinamento direto nas linhas de produção que foram montadas aqui.
Para mim foi muito bom, pois pelo menos tinha companhia para muitas coisas, tanto na fabrica como fora dela.
Aqui os japas engolem a comida e depois ficam dormindo em cima da mesa. Nem tem como manter um diálogo com eles. Pelo menos quando o pessoal da TDB chegou eu tinha com quem conversar na hora do almoço. Nas ultimas semanas até estava rolando um multiplayer de Monster Hunter com os tradutores durante a hora do almoço.
O pessoal estava em outro alojamento, do lado do meu, mas mesmo assim de vez em quando era dificil manter contato para combinar algumas coisas. Como eles não tinham celular, tinha que dar a sorte de alguém estar no quarto na hora que eu ligasse. Para entrar lá eu tinha que pular a janela do quarto de alguém ou dar uma de joão sem braço e passar lotado no front do alojamento. A situação era pior no inicio pois eles ficaram 2 semanas em treinamento em outra planta, ou seja, não conseguia mesmo encontrar com eles. Mesmo sendo dificil a comunicação com o pessoal, pelo menos acabei conhecendo os restaurantes próximos ao alojamento.
Perto de onde eu moro tem vários restaurantes, mas é muita depre ir sozinho neles. Assim não tinha comido fora por um um bom tempo antes deles virem pra cá,
Como a maioria é brasileiro não Nikkei, ficava dificil chamar eles pra ir em um kaitenzushi ou um lamenya, assim eu andava saindo mais com os tradutores mesmo. O que facilitou essa nossa comunicação, é que todos os tradutores entraram praticamente na mesma época que eu na TDB. O Baiten que também veio, quem apresentou ele na TDB fui eu mesmo, héhe.
Depois que o treinamento começou na planta onde estou, ai ficou mais facil de combiner algo com o pessoal, mesmo com nossos horários sendo diferentes, Bons tempos aqueles em que eu podia fazer hora extra ( eles não podiam)…
Mesmo o pessoal da forjaria que veio, muitos eu não conhecia muito bem, pois a maioria eu encontrava durante a produção e ai não tinha nem como eu ir lá conversar com eles enquanto eles estavam batendo as peças dentro da prensa. Acho que esse periodo aqui foi muito bom para que a equipe das novas linhas se conhecessem bem. Acho que isso só reforçou nosso espírito de equipe, uma vez que todos passaram pelas mesmas dificuldades e situações aqui no Japão.
Aproveitando a presença do pessoal aqui, consegui ir para a Universal de novo, com um ônibus fretado. Foi corrido pra caramba, por isso reafirmo o que falei no post sobre Osaka. Se possível, passar dois dias lá, senão é muita correria mesmo. Dessa vez consegui ver o Water World, que é um teatro cheio de efeitos especiais baseado no filméomônimo, no Tubarão e no teatro 4D do Shrek. Claro, não podia faltar mais umas andadinhas no Back to the Future e no Homem-Aranha.
Foi corridor pakas, mas valeu a pena acordar as 3 da manhã pra pegar o ônibus e voltar as 2 da manhã.
Mesmo em Nagoya eu não tinha andado muito. Pra falar a verdade só tinha andado nas redondezas da estação principal.
O pessoal também foi para o porto de Nagoya onde tem o aquario e o museu da marinha. Nesse dia eu e os tradutores ficamos com o saco cheio das perguntas dos trainees. Mesmo você falando pra eles que era a primeira vez que voce ia pro aquario, só vinha nego perguntando… “ Mas lá é legal? O que que tem lá? Quantas vezes voce já foi lá?” Arrgh, primeira vez baraaaaioooo!! Não é por que a gente sabe japonês que a gente vai saber tudo sobre todos os lugares. Fora que de vez em quando era um desespero quando eles se dispersavam e ai cada um pedia pra voce ler ou perguntar tal coisa pros japas. Haja paciência pra atender a todos.
Mas faz parte. Tem hora que sinceramente eu largava na mão dos tradutores, que era serviço deles, não o meu, hée.
Aproveite tambem para ir para o Nagashima Park, um parque de diversões que junto tem um outlet e um onsen. Os japas treinadores que levaram a gente em um onibus da Toyota. Mas eu fui mesmo graças aos trainees, que os japas nem me convidaram. Pra eles é como se eu e o pessoal do departamento de qualidade não existissemos e não fizessemos questão nenhuma de andar com o pessoal da produção. Coisas de japa.
Fiquei mais andando no outlet do que no parque mesmo, pois nem pagando eu vou andar de montanha russa, que alias, a do Nagashima é uma das maiores do Japão. Foi bom para comprar provisões de roupas para o inverno. O dificil era achar o tamanho. Manequim japa é pequeno pakas, o GG deles é o nosso M, ai fica complicado.
Em Novembro o pessoal foi embora… Vai deixar saudades as zoeiras no ônibus, as entradas no alojamento deles pela janela do quarto de alguem, o bando de bike andando e fazendo barulho na rua, e especialmente no serviço.
No primeiro dia que o pessoal chegou aqui, fomos comer em um restaurante de tonkatsu aqui perto. Todo mês nós iamos lá. No ultimo dia deles aqui também fomos lá. Até brinquei com eles que quando eles forem embora, eu vou pegar a mesma mesa que nós sempre pegamos, iria pedir 5 tonkatsus e ia ficar comendo sozinho lá, huahuahuahuahuaa!!
Valeu povo da TDB!! Esses 3 meses passaram voando!